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A Bela e a Fera

 

A Bela e a Fera

Era uma vez um rico negociante que vivia com os seus seis filhos. As suas filhas eram muito bonitas, a caçula principalmente despertava grande admiração. Quando era pequena, só a chamavam “a bela menina”. Assim foi que o nome Bela pegou - o que deixava as suas irmãs muito enciumadas.

Essa caçula, além de ser mais bela que as irmãs, era também melhor que elas. As duas mais velhas se orgulhavam muito de ser ricas, só gostavam da companhia de gente da nobreza e zombavam da caçula, que ocupava a maior parte de ser tempo lendo bons livros.

De repente, o negociante perdeu a sua fortuna. Só lhe restou uma pequena casa no campo, bem longe da cidade. E assim a família se mudou.

Já instalados em sua casa no campo, o negociante e as três filhas se ocupavam lavrando a terra. Bela levantava às quatro horas da madrugada e se apressava em limpar a casa e preparar o café da manhã para a família.

Depois de um ano levando essa vida, o negociante recebeu a notícia de que um navio trazia mercadorias suas e foi correndo para a cidade ver se conseguia fazer algum negócio. As filhas pediram da cidade presentes caros ao pai, Bela, no entanto, pediu que ele trouxesse apenas uma rosa.

No regresso à casa, o negociante sentiu fome, ficou preso numa nevasca e descobriu um grande palácio para se abrigar durante a noite. No jardim do palácio recolheu a rosa para levar para Bela. No dia a seguir, a Fera, uma criatura horrível dona do palácio, condenou o invasor à morte pelo furto da rosa.

Após descobrir que o negociante tinha filhas, a Fera propôs que uma delas trocasse de lugar com o pai e morresse em seu nome. Bela, quando soube dessa possibilidade, se voluntariou rapidamente para trocar de lugar com o pai.

Após muita relutância do pai, Bela ocupou o seu lugar. Fechada no palácio com a Fera, Bela foi conhecendo aquele monstro terrível e cada vez mais se afeiçoou a ele porque foi conhecendo o seu interior.

“Muitos homens são mais monstruosos e gosto mais do senhor com essa aparência que daqueles que, por trás de uma aparência de homens, escondem um coração falso, corrompido, ingrato”. Com o passar do tempo, Bela foi perdendo o medo que tinha e a Fera foi se aproximando da bela moça.
Bela começou a olhar para a Fera com outros olhos e concluiu que “não era a beleza, nem a inteligência de um marido que fazem uma mulher feliz. É o caráter, a virtude, a bondade. A Fera tem todas essas boas qualidades. Não o amo; mas tenho por ele estima, amizade e gratidão. Quero casar com ele para fazê-lo feliz.”

E foi assim que a Bela decidiu se casar com a Fera e, ao dizer o sim, a criatura terrível se transformou em um belo príncipe que, na verdade, estava preso em um corpo horrível graças a um encantamento de uma fada má.

Depois do casamento, ambos viveram felizes para sempre.

O conto da Bela e da Fera tem duas personagens com origens e características muito diferentes que precisam se adaptarem uma a outra para conseguirem viver juntas o amor.

A história é um clássico do amor romântico e prova que o ser humano é uma criatura disposta a superar as aparências, sendo capaz de se apaixonar pela essência do parceiro.

Uma série de pesquisadores acreditam que a história tenha sido usada para promover uma “educação sentimental” das moças que tinham casamentos arranjados com homens mais velhos ou com uma aparência nada atraente. Através da narrativa, elas seriam sutilmente convidadas a aceitarem a relação e a procurarem no parceiro características afetivas que fizessem com que se apaixonassem.

O importante, segundo a história deseja transmitir, não é a aparência do marido, e sim a inteligência, o respeito e a natureza boa que ele possui. O amor aqui é mais ancorado na gratidão e na admiração do que propriamente na paixão.

A versão mais antiga da história da Bela e da Fera foi publicada no século II d.C com o título Eros e Psique na obra O asno de ouro, publicada em latim por Apuleio de Madaura. Nessa versão, Psique é a heroína da história e é raptada no dia do casamento por bandidos. A jovem acaba desenvolvendo compaixão pelo seu raptor, que é descrito pelos outros como uma verdadeira fera.

A versão mais popular e mais próxima da que conhecemos, porém, foi publicada por Madame de Beaumont no ano de 1756.

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