Era uma vez uma bela menina que vivia com a mãe e nutria profundo carinho pela avó - e a avó por ela. Um dia a vovó adoeceu e a mãe de Chapeuzinho perguntou se a menina não poderia levar uma cesta para a casa da avó, para que a senhora pudesse se alimentar.Chapeuzinho prontamente respondeu que sim e foi levar a encomenda para a casa da avó, que ficava distante, na floresta.
A meio do caminho, a menina foi interrompida pelo lobo, que com muita lábia puxou conversa e conseguiu descobrir, através da própria Chapeuzinho, para onde a menina ia.
Esperto, o lobo sugeriu outro percurso e fez um atalho para chegar antes da menina na casa da avó.
Assim que entrou na casa da velhinha, o lobo a devorou e ocupou o seu lugar se disfarçando. Quando Chapeuzinho chegou, não conseguiu perceber que era o lobo, e não a avó, que estava na cama.
Chapeuzinho então perguntou:
- Ó avó, que orelhas grandes você tem!
- É para melhor te escutar!
- Ó avó, que olhos grandes você tem!
- É para melhor te enxergar!
- Ó avó, que mãos grandes você tem!
- É para melhor te agarrar!
- Ó avó, que boca grande, assustadora, você tem!
- É para melhor te comer!”
Na versão de Charles Perrault a história termina de modo trágico, com a avó e a neta sendo devoradas pelo lobo. Já na versão dos irmãos Grimm surge um caçador no final do conto, que mata o lobo e salva tanto a avó como a Chapeuzinho.
Chapeuzinho é uma personagem interessante, que por um lado representa a maturidade ao optar por desobedecer à mãe e fazer um novo percurso, mas, ao mesmo tempo, se revela ingênua ao acreditar num desconhecido - o lobo.
O lobo, por sua vez, simboliza toda a crueldade, a violência e a frieza daqueles que mentem descaradamente para conseguirem o que querem.
A história de Chapeuzinho ensina o leitor a não confiar em estranhos, a ser obediente, e mostra para as crianças pequenas que no mundo também existem criaturas que não são bem intencionadas.
O conto de fada da Chapeuzinho vermelho foi criado durante a Idade Média e era transmitido oralmente por camponeses europeus. A versão que conhecemos, a mais famosa, foi publicada por Charles Perrault em 1697. A história sofreu uma série de modificações com o passar dos anos para se tornar menos assustadora para as crianças.
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